Aglomeração contribuiu para o contágio
A forma como as caturritas era levadas nos Fusca foi a causa das contaminações. O sargento Rogério lembra que as aves estavam aglomeradas em pequenas caixas, expostas às próprias fezes e sem arejamento. Ele explica que a bactéria é comum nos psitacídeos, ou seja, nos papagaios, araras, periquitos e caturritas. “No entanto, se manifesta como doença apenas quando estas espécies de pássaros estão confinadas e junto a dejetos”, esclarece.
O contágio ocorre por meio das vias nasais, quando o indivíduo aspira a poeira oriunda das fezes das aves. Rogério orienta os donos de caturritas e papagaios a darem atenção especial à higiene das gaiolas. “Além disso, a compra destas aves só pode ser feita de criadores autorizados pelo Ibama. E mesmo assim é importante observar o comportamento do animal por quarenta dias, antes de mantê-lo dentro de residências e em contato mais próximo com as pessoas.”
Conforme o sargento, as quatro pessoas que transportavam as aves não apresentaram os sintomas possivelmente porque não tiveram contato com as caturritas após tê-las deixado nas pequenas caixas. Na Ufrgs, os veterinários detectaram a psitacose em mais de cem aves, que foram sacrificadas. Cerca de 20 já haviam morrido antes e as demais permanecem sob monitoramento.
(Gazeta do Sul, 14/12/2007)