Representantes da Cohab (Companhia de Habitação) de Minas, da Prefeitura de Itacarambi e do Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília) formalizaram nesta quinta a escolha de um terreno no bairro São José como local para receber as primeiras casas que abrigarão as vítimas do tremor de 4,9 graus na escala Richter que destruiu a comunidade Caraíbas, na madrugada de domingo (9).
Segundo o governo do Estado, diante da possibilidade de que ocorram novos tremores em Caraíbas, as 76 famílias desalojadas concordaram com a mudança --dependentes da roça, elas terão que sair da zona rural.
O prefeito de Itacarambi, José Ferreira de Paula (DEM), disse que não foi possível alojá-los no campo. "Terra para comprar tem, mas a prefeitura não tem dinheiro. O ideal seria uma propriedade rural, mas a decisão é até mesmo contra a vontade da gente."
Nos próximos dias, a Cohab fará um orçamento do custo de construir 76 casas no local, e a prefeitura negociará a compra de outros terrenos da vizinhança --de cerca de 20 hectares-- para acomodar todo o conjunto.
Tremores De acordo com os técnicos do Observatório Sismológico da UnB, nas primeiras 24 horas após a ocorrência do tremor de 4,9 graus, houve 162 tremores de terra nos arredores de Caraíbas. A maior magnitude desses tremores foi de 1,9 ponto. E a intensidade foi de 2 na escala Mercalli, que vai de 1 a 12 --no domingo, a intensidade foi de 7.
Segundo Lucas Barros, a área atingida pelo maior tremor foi de 6 km. O epicentro foi Caraíbas. Nos tremores que se seguiram, o epicentro deslocou 1,2 km.
Os técnicos da UnB dizem que os tremores de baixa intensidade já eram esperados e que é normal que ocorram logo após um de maior intensidade.
(Folha Online, 13/12/2007)