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2007-12-14
Embora o governo trabalhista da Austrália tenha se comprometido a ratificar o Protocolo de Kyoto, o primeiro-ministro, Kevin Rudd, se oporia a aceitar metas obrigatórias de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa para os países ricos. A conferência das partes da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática, que acontece na ilha indonésia de Bali, maneja um rascunho de declaração final que inclui um compromisso do Norte industrial de reduzir suas emissões entre 25% e 40% até 2020, em relação aos níveis de 1990.

Estados Unidos e Japão rechaçam esta possibilidade e a Austrália também seria contra à inclusão de uma meta de caráter obrigatório no documento final da conferência, cujo encerramento previsto para amanhã pode ser adiado para sábado. Rudd disse que seria “irresponsável” assumir um compromisso desse tipo, mas que aguardaria um estudo sobre o impacto da mudança climática na Austrália antes de aceitar reduções específicas obrigatórias. O informe foi encomendado ao economista Ross Garnaut quando o Partido Trabalhista ainda era oposição.

A postura de Rudd é clara, apesar de informes sobre a disposição da delegação australiana em Bali de aceitar essa meta de 25% a 40% de redução. Tony Mohr, da Fundação Australiana para a Conservação, disse à IPS que não “há nenhum problema com a posição do governo de esperar pelo estudo de Garnaut e ter seu tempo para avaliar o impacto econômico de metas especificas”. Mas, acrescentou que a Austrália pode apoiar a redução de 25% a 40% e definir logo, “durante o próximo ano ou algo assim”, a magnitude de sua contribuição para alcançar esse objetivo.

“Sou otimista sobre a possibilidade de a Austrália unir-se à comunidade internacional com países como Alemanha, Grã-Bretanha, Nova Zelândia e União Européia para apoiar essas metas como base para futuras negociações”, disse Mohr à IPS desde Bali. O estudo de Garnaut será conhecido em junho de 2008. Porém, BenPearson, do Greenpeace Internacional, tem a esperança de que a Austrália aceitará as reduções entre 25% e 40%. Tal aspiração “se baseia na melhor evidência científica dos mais importantes especialistas em mudança climática do mundo. Espero que o informe de Garnaut não seja usado como desculpa para que a Austrália não assuma um papel de liderança na conferência”, acrescentou.
Rudd disse que deseja agir como ponte entre as nações ocidentais e a China em matéria de aquecimento global. Na semana passada, a Austrália iniciou o processo de ratificação do Protocolo de Kyoto, que estabelece metas de redução de emissões. Seu antecessor no cargo, o conservador John Howard, rejeitou o tratado. Depois de dar o primeiro passo rumo à ratificação, Rudd conversou por telefone por 20 minutos, em mandarim, com o primeiro-ministro da China,Wen Jiabao, sobre questões ambientais.

Segundo Pearson, Rudd tem uma “oportunidade perfeita” para demonstrar sua liderança em Bali, onde se apresentaria ontem. “Se o fizer, colocará o mundo no caminho para evitar uma mudança climática perigosa”, acrescentou. segundo Mohr, “A Austrália pode estender uma ponte nestas negociações entre países ricos e subdesenvolvidos para alcançar um acordo”. Mas, enquanto Canberra parece disposta a rechaçar reduções obrigatórias para as nações ricas, está adotando uma posição dura frente aos países subdesenvolvidos que mais contaminam.

O ministro do Comércio, Simon Crean, disse que a Austrália deve aceitar reduzir suas emissões de gases que provocam o efeito estufa “no momento apropriado”, mas, ao mesmo tempo, obter compromissos semelhantes de países como China e Índia. Mohr disse que Pequim sugeriu que aceitaria reduções “claras” e “mensuráveis” para conseguir que uma quantidade importante de países ricos assuma, de boa fé, o compromisso de limitar as emissões entre 25% e 40%. O Protocolo de Kyoto estabelece que as metas obrigatórias não se aplicam aos países do Sul em desenvolvimento, incluindo China e Índia, dois dos maiores poluentes do mundo em quantidades absolutas, mas que estão atrás da Austrália em volume de emissões desses gases por habitante.

O Greenpeace Internacional considera que estabelecer metas obrigatórias para as nações em desenvolvimento é um passo adiante, mas, esclareceu que deveriam ser menos rígidas do que para os países ricos, como a Austrália, disse Pearson. “As nações industrializadas são as maiores responsáveis pela concentração de dióxido de carbono na atmosfera até o momento e são os mais ricos do mundo. São eles que terão de dar o primeiro passo na redução de emissões e, depois, as nações em desenvolvimento deverão seguir o mesmo caminho”, afirmou.

(Por Stephen de Tarczynski, IPS, 13/12/2007)




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