Menos de uma semana depois do gigantesco derramamento de óleo no litoral da Coréia do Sul, que causou comoção internacional pela destruição ambiental que provocou, outro vazamento ocorrido nesta quarta-feira causa apreensão, desta vez a 200 quilômetros da costa da Noruega.
Cerca de 4 mil toneladas (ou 25 mil barris) de óleo cru vazaram da plataforma Statfjord A, no Mar do Norte, durante operação de abastecimento do navio-tanque Navion Britannica, em condições climáticas desfavoráveis - vento e ondas fortes.
O vazamento está sendo considerado o segundo maior da história da Noruega. O óleo derramado está seguindo para o norte e provavelmente não atingirá nenhuma terra. As ondas estão muito altas para permitir o uso de bóias e qualquer outro esquema de retenção do óleo.
A região onde ocorreu o vazamento é considerada rica em recursos pesqueiros e fica ao norte da área que o Greenpeace propõe para a criação da reserva marinha Viking Bank.
"Esse acidente nos confirma novamente que a StatoilHydro (empresa responsável pela plataforma) é incapaz de tomar as medidas ambientais necessárias para evitar esse tipo de acidente", afirma Truls Gulowsen, do Greenpeace Noruega, que questiona o fato da empresa realizar abastecimento de navios-tanques em tais condições climáticas adversas.
Na semana passada, 10,5 mil toneladas de petróleo foram derramadas no litoral sul-coreano, afetando dezenas de quilômetros de costa, entre as quais zonas pesqueiras do país.
Duzentos navios e cinco aviões estão trabalhando na limpeza e contenção do óleo, além de 16 mil soldados, policiais, funcionários e voluntários. Apesar de todo o esforço, foram recolhidas apenas 915 toneladas de petróleo e quase 5 mil de lixo até o momento.
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Envolverde/Greenpeace, 13/12/2007)