Restos do animal e areia onde ele estava foram para o aterroDepois de quatro dias encalhada e morta na Praia Brava de Itajaí, a baleia Jubarte foi retirada do local. O animal estava se decompondo, e o mau cheiro começava a incomodar os moradores e freqüentadores da praia. A operação para remover o mamífero começou ontem de manhã, às 8h, e só terminou no fim da tarde.
Pesquisadores da Univali precisaram cortar o animal em pedaços para poder retirá-lo da areia. Apesar de ser uma baleia juvenil, com aproximadamente dois anos, ela pesava mais de 10 toneladas e tinha nove metros de comprimento.
Para ser cortada sem causar danos ambientais, a baleia teve que ser retirada da beira do mar e levada até a areia. Os pesquisadores iniciaram os cortes pela cabeça e cauda do animal. Depois, foi preciso retirar a pele e a gordura para separar os ossos, sem danificá-los.
A gordura e a pele foram levadas para o aterro sanitário de Itajaí. Os ossos farão parte do acervo do Museu Oceanográfico da Univali, em Balneário Camboriú.
Água do mar não corre risco de contaminação
A areia, onde o mamífero foi cortado, também foi retirada e levada para o aterro sanitário, para evitar contaminações, informou a Fundação do Meio Ambiente de Itajaí (Famai).
- Não há perigo do mar ter sido contaminado, pois o oceano tem propriedades para depurar a matéria orgânica que o animal liberou na água - disse o superintendente da Famai, Fabrício Estevo da Silva.
Os pesquisadores ainda não sabem as causas da morte do mamífero, mas acreditam que ele tenha se chocado com um navio e, quando chegou à praia, no último domingo, devia estar morto há, pelo menos, dois dias.
(Patrícia Zomer,
Diário Catarinense, 13/12/2007)