Três tipuanas tiveram todos os galhos cortados, restando somente o caule
A mudança de temperatura verificada segunda-feira à tarde, seguida de rajadas de vento, provocou um curto-circuito, no centro de Venâncio Aires. Uma equipe de emergência, contratada pela AES Sul, foi ao local e decidiu podar os galhos de algumas árvores que se entrelaçavam aos fios, pois entendeu que causavam riscos às pessoas que circulam pelas imediações. No entanto, o trabalho foi feito de forma incorreta e resultou em autuação.
As podas foram feitas em árvores da espécie tipuanas, na rua Jacob Becker, quadra da rodoviária velha. Três árvores sofreram uma poda drástica, restando apenas o caule. Comerciantes e pessoas que circulavam pelo local protestaram e o trabalho foi interrompido. No dia seguinte, uma equipe da Prefeitura recolheu os galhos. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) autuou a AES Sul, que terá que fazer o plantio de árvores nativas nas margens do arroio Castelhano. "É uma autuação mais educacional do que punitiva", explicou o secretário Fernando Heissler, ressaltando que ainda falta definir a quantidade de espécies que deverão ser plantadas.
Segundo explicado por André Siqueira, coordenador operacional da AES Sul para a região, assim que foi detectado um problema na rede elétrica, segunda-feira à tarde, uma equipe contratada foi verificar o que havia ocorrido. Uma fase de um ramal trifásico havia se rompido. "Então eles decidiram que seria melhor fazer uma poda drástica em algumas árvores, contrariando as nossas orientações", explicou Siqueira.
Conforme o que lhe foi informado, as árvores estavam dando choque e colocavam em risco a vida das pessoas. "Mesmo assim, a orientação é que se faça podas em V, desobstruíndo apenas a passagem dos fios", mencionou o coordenador da AES da região, ressaltando que há casos de riscos onde é necessário fazer uma poda drástica. "Mas ali não era o caso", finalizou.
Castelhano
A Semma ainda não recebeu o resultado nas análises da água feita em três pontos do arroio Castelhano. Técnicos tentam descobrir o que causou a mortandade de mais de 3 mil peixes, ocorrida há mais de uma semana. Ontem, Fernando Heissler mencionou que a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) vistoriou outras quatro empresas da cidade. Mas os resultados ainda não são conhecidos.
(Por Alvaro Pegoraro, Folha do Mate, 13/12/2007)