Os países que participam da 13ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática chegaram a um acordo para incentivar economicamente as nações subdesenvolvidas e em desenvolvimento a preservarem suas florestas. Fontes da delegação espanhola presentes à reunião, que acontece na ilha indonésia de Bali, destacaram que já existe um consenso nesse sentido e que será exposto no documento final da cúpula.
Entretanto, as mesmas fontes disseram que a melhor forma de implementar essa ajuda financeira será determinada nos próximos meses. Enquanto isso, o Banco Mundial dará o pontapé inicial a projetos piloto, e algumas delegações anunciaram já em Bali sua participação econômica nessas iniciativas.
Empasse Agora, o alvo da discórdia na Conferência é a possibilidade de uma referência expressa no documento final do evento relativa aos compromissos futuros dos países desenvolvidos. A UE (União Européia) mantém sua exigência: o acordo final deve prever que os países desenvolvidos se comprometam a reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa entre 25% e 40% até 2020, posição que recebe apoio das nações em desenvolvimento.
Do lado oposto estão Estados Unidos, Japão e Canadá, que defendem a não-quantificação de metas de redução, afirmando que isto pode condicionar as prováveis negociações dos próximos meses.
Diante das divergências das duas partes, o ministro do Meio Ambiente indonésio e presidente da Conferência, Rachmat Witoelar, decidiu formar um grupo de negociação que conta com um número reduzido de países. Pela UE, negociam Portugal, Eslovênia, Alemanha e Dinamarca, além de um representante da Comissão Européia (CE). O grupo também inclui EUA, Canadá, Austrália, África do Sul, Chile, México, Rússia, China, Índia e Arábia Saudita, entre outros.
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Folha Online, 12/12/2007)