Enxurradas causadas pela tempestade tropical Olga mataram pelo menos sete pessoas na República Domincana e deixaram 30 mil desabrigados, disseram autoridades na quarta-feira (12/12). Em Porto Rico, um outro homem morreu vítima de um deslizamento de terra. A tempestade perdeu força na quarta-feira ao sair da ilha Hispaniola (onde ficam a República Dominicana e o Haiti) e avançar para oeste pelo Caribe, mas o Centro Nacional de Furacões dos EUA disse que as enchentes continuam sendo uma ameaça.
Às 10h (13h em Brasília), o centro da tempestade estava 120 quilômetros ao sul de Guantánamo, em Cuba, avançando rapidamente a 37 quilômetros por hora, o que poderia fazer com que chegasse à península do Yucatán (México) até sábado. Olga tem ventos regulares de 65 quilômetros por hora, o mínimo para que seja considerada uma tempestade tropical, e meteorologistas prevêem que se dissipe até quinta-feira.
Antes disso, deve provocar mais chuvas na Hispaniola, onde o total pode atingir 250 milímetros, no sudeste das Bahamas e no leste de Cuba. O rio Yaque del Norte transbordou na localidade de Santiago (norte da Dominicana), matando um menino, duas mulheres e quatro homens.
A polícia teve de retirar centenas de presos de uma cadeia inundada. Nas ruas, a água submergia e virava carros. Em pânico, moradores se refugiaram em telhados e árvores. Helicópteros partiram ao amanhecer em busca de vítimas ilhadas. Várias outras comunidades ficaram isoladas devido à destruição de pontes e estradas. Há muitos desaparecidos no montanhoso interior do país.
Em outubro, a tempestade tropical Noel matou pelo menos 89 pessoas na Dominicana. Em Porto Rico, uma queda de barreira numa rodovia a oeste de San Juan, na madrugada de quarta-feira, feriu o motorista de um carro e matou seu passageiro, um rapaz de 23 anos, segundo a polícia. Outras barreiras fecharam várias estradas nas montanhas do centro da ilha.
Olga, a 15a tempestade a receber um nome nesta temporada, formou-se perto das ilhas Virgens na segunda-feira, 10 dias após o fim oficial da temporada de furacões no Atlântico e no Caribe (de junho a novembro). As tempestades tropicais se alimentam da água quente dos mares, por isso é raro que elas aconteçam em dezembro no Hemisfério Norte. Desde que os registros começaram, em 1851, é a 17a vez que isso ocorre.
(Estadão Online,
Ambiente Brasil, 13/12/2007)