O Governo peruando torna a situação dos povos indígenas cada vez mais difícil. Após a afirmação de um porta-voz de que essas populações não existiam, agora foi permitida que duas companhias petroleiras explorassem uma remota zona da Amazônia, habitada por povos indígenas isolados.

As petroleiras espanholas Barrett Resources, dos EUA, e Repsol-YPF, da Espanha, já desgastaram suas imagens quando, no começo do ano, tentaram se comunicar com os indígenas usando um megafone, pois segundo elas, seus trabalhadores poderiam ser atacados por esses povos.

Apesar dos planos públicos traçados pelo Governo Equatoriano, oferecendo proteção aos indígenas das fronteiras do Peru e Equador, o Governo peruando segue arriscando a situação indígena ao propor as explorações e os desmatamentos ilegais. Os 15 povos isolados, no Peru, estão gravemente ameaçados por qualquer forma de contato, por não possuírem imunidade diante das enfermidades exteriores.

Segundo Stephen Corry, diretor da Survival, esse aval do Governo peruano prejudica a situação dos povos indígenas, pois esse território pertence a eles e por isso têm o direito de viver ali, sem perfurações ou explorações, para que não se chegue a ponto de haver ameaça de extinção.

(Adital, com informações do Survival, 11/12/2007)