Os moradores da Colônia 27, na terra indígena caxinaua, no Seringal Independência, em Jordão, estão ampliando a área de reflorestamento, reduzindo a pecuária e as queimadas. Esse processo de gestão territorial foi apresentado no seminário promovido pelo Projetos Demonstrativos dos Povos Indígenas (PDPI), ligado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), que reuniu em Brasília, de 21 a 23 de novembro, 45 representantes de organizações indígenas de 19 etnias da Amazônia e dos Estados do sul, sudeste,e centro-oeste brasileiros.
O líder Siã Kaxinawá fez a apresentação do projeto. Sião lembrou que a TI Seringal Independência foi comprada pela própria tribo com dinheiro de um prêmio internacional. Outras experiências bem-sucedidas de gestão territorial foram relatadas pelos índios Manoki (Iranxe), do Mato Grosso, que conseguiram apoio para os trabalhos de identificação da área reivindicada.
Os uajãpis, do Amapá, iniciaram um processo de descentralização e interiorização das aldeias e os uru-eu-uau-uaus, de Rondônia, os mbiaguaranis, de Mato Grosso do Sul e os caiapós do Mato Grosso e Pará estão explorando produtos florestais não madeireiros, como o óleo de copaíba, o palmito e o óleo de castanha, respectivamente.
O seminário permitiu aos povos indígenas exporem os resultados obtidos com os projetos apoiados pelo PDPI elegendo prioridades para alcançarem a gestão ambiental de seus territórios, partindo de estratégias próprias, ligadas aos seus conhecimentos e potencialidades.
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A Tribuna, 11/12/2007)