Até 2050, a Austrália reduzirá em 60% as suas emissões de gases poluentes, sobre os níveis de 2000, e até 2010 aumentará em 20% a parcela de sua energia procedente de fontes renováveis. O compromisso não vinculativo foi anunciado nesta quarta-feira (12/12) em Bali pelo primeiro-ministro australiano, o trabalhista Kevin Rudd. Na semana passada, ele ratificou o Protocolo de Kyoto contra a mudança climática, depois de anos do governo conservador de John Howard, que se recusava a aderir ao acordo.
Rudd também prometeu que a Austrália fará fortes investimentos em pesquisa e desenvolvimento, e facilitará transferência de tecnologia às nações em vias de desenvolvimento para promover a luta contra o aquecimento global. "A Austrália está disposta a assumir sua responsabilidade neste desafio, tanto em casa quanto nas negociações com a comunidade internacional", disse.
Para os australianos, acrescentou o primeiro-ministro, a mudança climática "deixou de ser uma ameaça distante para se tornar uma realidade emergente". Na sua opinião, o aquecimento global "é um dos maiores desafios morais e econômicos de nossa era". "É um problema global que requer uma solução global e multilateral. Todos devemos assumir nossa parte do problema", afirmou.
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Folha Online, 12/12/2007)