O presidente da Coréia do Sul, Roh Moo-hyun, vistoriou nesta terça-feira a limpeza do litoral oeste sul-coreano, atingido pelo maior vazamento de óleo que já atingiu o país. Centenas de soldados, policiais e voluntários trabalham para remover 10,5 mil toneladas de óleo que vazaram na sexta-feira (7/12) depois que um cargueiro sul-coreano fez buracos no casco do petroleiro Hebei Spirit. Cerca de 140 navios e cinco aviões continuam realizando a limpeza e a contenção do petróleo.
A área de Taean, localizada a 150 quilômetros de Seul, foi classificada como "zona de catástrofe", depois que o óleo que se espalhou por 70 quilômetros de litoral, afetando praias turísticas, importantes criadouros de marisco e o único parque natural marinho do país, uma área de especial valor ambiental. Mais de 385 centros de pesca e e pelo menos seis das cerca de 30 praias da região foram diretamente afetadas pelo vazamento e o estrado pode ser ainda maior, afirmaram autoridades do país.
Lentidão
As autoridades marítimas anunciaram que até o momento foram recolhidas apenas cerca de 700 toneladas de petróleo, devido às condições meteorológicas ruins. O presidente sul-coreano disse que determinou que fossem destinados todos os recursos possíveis para limpar a área e para garantir que o problema seja tratado com alta prioridade, afirmou um de seus porta-vozes.
A mídia local tem criticado Roh por subestimar a dimensão do acidente e por supostamente ter sido lento na ação para resolver o problema. O governo do país disse que vai destinar um fundo inicial de cerca de US$ 7,5 milhões (R$ 13,2 milhões) para financiar a limpeza da área.
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Folha Online, 11/12/2007)