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2007-12-12
A conferência sobre mudança climática que acontece na ilha de Bali, na Indonésia, começou sua segunda semana e existe otimismo entre os funcionários governamentais de que estão sendo construídas as bases para futuros compromissos. Por outro lado, ativistas afirmam que as discussões estão paralisadas e que as possíveis metas para a segunda fase do Protocolo de Kyoto – único instrumento internacional contra a mudança climática – podem ficar muito longe da drástica redução de emissões que consideram necessária para reverter o aquecimento do planeta.

Em entrevista coletiva ao termino da primeira de duas semanas de negociações, o secretário-executivo da Conveção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática (CMNUCC), Yvo de Boer, afirmou que a reunião necessita de duas coisas fundamentais. “Em primeiro lugar, precisa tratar de vários assuntos que são de particular importancia para as nações em desenvolvimento. Por exemplo, é necessário avançar na questão da adaptação (ao fenômeno), avançar na transferência de tecnologias, precisamos fortalecer a construção de capacidades e também progredir quanto à redução das emissões do desmatamento”, afirmou. “Em segundo lugar, é preciso lançar um processo de ações sobre a mudança climática para além de 2012, quando termina o primeiro período de compromissos sob o Protocolo de Kyoto”, acrescentou.

Em Bali não será assinado nenhum acordo sobre um futuro regime contra o aquecimento global. O objetivo é apenas impulsionar as negociações, fixar uma agenda sobre os principais fundamentos de um futuro acordo e estabelecer um plano para a conclusão das discussões. Segundo De Boer, estão surgindo três pontos de vista diferentes. Alguns países querem estabelecer metas vinculantes para as nações em desenvolvimento, enquanto outros afirmam que o Sul poderia limitar suas emissões mediante incentivos. Outros, ainda, discutiram se os países industrializados deveriam aceitar metas vinculantes em nível internacional ou nacional.

“Há progressos nas discussões sobre três dos quatro aspectos fundamentais: houve avanço na mitigação, adaptação e transferência de tecnologia’, acrescentou, De Boer, ressaltando que se ter obtido menos avanços em temas financeiros não significa que a questão seja difícil, “mas sim que não houve tempo suficiente para discuti-los”. Porém, o destacado ambientalista malaio Gurmit Singh discorda do secretário-executivo da Convenção. “Sempre pintam um panorama positivo. Creio que as discussões ainda estão patinando, porque não surgiu nenhuma postura unânime”, disse à IPS.

Grande parte do debate está centrada na transferência de tecnologias. “As grandes nações em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia, estão sofrendo atraso e querem que os países industrializados demonstrem que efetivamente estão reduzindo suas emissões”, afirmou Singh. O problema é que os países do Norte afirmam que esperarão, pelo fato de o Protocolo de Kyoto somente os obrigar a reduzir emissões entre 2008 e 2012. enquanto isso, as emissões de gases por países como Brasil, China, Índia e Malásia cresceram, disse Singh, diretor-executivo do Centro para o Meio Ambiente, a Tecnologia e o Desenvolvimento, da Malásia.

Por exemplo, o último Informe de Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas indica que as emissões de dióxido de carbono dispararam 221% entre 1990 e 2004 na Malásia, a taxa de crescimento mais rápida entre os 30 principais emissores do planeta. Peter Hardstaff, chefe de políticas do Movimento Mundial para o Desenvolvimento, alertou que as nações insulares do Pacifico enfrentam “grandes problemas” devido ao aumento do nível do mar.

Em seu blog, Hardstaff disse que um integrante de uma delegação das Ilhas Cook em Bali ficou “boquiaberto pela forte pressão (até agora com êxito) para excluir a indústria aérea da redução de emissões na próxima fase de Kyoto”. Segundo Hardstaff, “ele me contou que somente nos anos 90 os cartógrafos começaram a colocar seu país nos mapas mundiais, porque é muito pequeno. Então, afirmou que se a indústria da aviação continuar como está serra necessário retirar as Ilhas Cook dos mapas novamente”.

A Agência Internacional de Energia previu aumento de 50% na demanda energética até 2030. Grande parte deste aumento virá de economias de rápido crescimento, como China e Índia. Assim, se não for aplicada alguma política climática poderá haver um aumento de 50% nas emissões de gases causadores do efeito estufa. Segundo Singh, é por isto que os países industrializados, especialmente os Estados Unidos, dizem: “por que devemos reduzir as emissões quando as da China agora estão quase no mesmo nível que o nosso. “Eles vão jogar a responsabilidade sobre as grandes nações em desenvolvimento por qualquer fracasso na busca de um acordo”, ressaltou o especialista.

(Por Anil Netto, IPS, 11/12/2007)



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