Desde do dia 19 de novembro, 11 indígenas Kontanawa moradores do rio Tejo estão em Cruzeiro do Sul (Acre) para reivindicar a demarcação de suas terras. Desde de 2001, o povo vem se articulando e pedindo que a Fundação Nacional do Índio (Funai) mande uma equipe para conversar com eles. Acontece que a Funai, até o exato momento, não tomou nenhuma providência em relação à demarcação da terra. Cansados de esperar se deslocaram até Cruzeiro do Sul para reivindicar seus direitos. Chegando em Cruzeiro do Sul se depararam com um grande problema: já completaram três meses que foi exonerado o chefe de posto da Funai e até agora não chegou ninguém para assumir a Funai em Cruzeiro do Sul.
Todos os dias chegam indígenas vindos de muito longe como os Marubo, Kaxinawa, Jaminawa-Arara procurando pela Funai e voltam para suas aldeias sem resolver nada. É preciso que a Funai venha até a região conversar com as lideranças e explicar o que está acontecendo.
Os Kontanawa, sem ter para onde correr, procuraram o Ministério Público Estadual. Marcos Galina, promotor de Justiça, recebeu os indígenas e fez contato com a Funai de Brasília e com a Funai-AC pedindo explicações e solicitando que venha um funcionário da Funai conversar com as lideranças e apresentar soluções na tentativa de evitar conflitos maiores, como vem acontecendo com os Apolima-Arara.
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Cimi – Cruzeiro do Sul, 23/11/2007)