Grupo de Trabalho avalia obrigatoriedade de sacolas oxibiodegradáveis
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) do Rio Grande do Sul discute nesta terça, no gabinete da diretora-presidenta Ana Maria Pellini o uso de sacolas e embalagens plásticas nos supermercados e no comércio. O Grupo de Trabalho instituído pelo secretário do Meio Ambiente, Otaviano Moraes, avalia a necessidade de analise técnica sobre proposta que tramita nos Legislativos Estadual e Municipal, com o intuito de obrigar supermercados e estabelecimentos comerciais a usarem sacolas de plástico oxibiodegradável ou de material reciclado.
O objetivo do Grupo de Trabalho é colaborar para que as propostas sejam estudadas e avaliadas, tanto em nível técnico quanto ambiental, uma vez que existem divergências no que se refere aos resíduos gerados pelo plástico oxibiodegradável e seus efeitos sobre o meio ambiente. Participam do grupo a coordenadora estadual do Procon/RS, Adriana Burger, as técnicas da Fepam, Carmem Níquel e Gilcléa Lopes Granada; o representante da Fecomércio, Ricardo Kalil Abud;a representante da AGAS, Edina Fassini e os representantes da rede de supermercados WallMart, Tatiana Franco Gonçalves e Juliana Nunes.
A preocupação se refere ao fato de que os materiais plásticos convencionais não se decompõem. O lixo urbano e os detritos acumulados nos aterros sanitários levam anos e até décadas para degradar. Esse lixo representa poluição visual e efeitos diretos no entupimento de esgotos e galerias, além de provocar efeitos danosos à fauna marinha quando são levados aos rios e mares.
Nos aterros sanitários, o plástico convencional, além de demorar muito tempo para degradar, impede ou atrasa a degradação dos resíduos que estiverem em seu interior. Isto resulta em perda de espaço precioso nos aterros sanitários e efeitos danosos ao solo e à saúde pública. Os plásticos fabricados com o aditivo oxibiodegradável ainda estão cercados por muita polêmica, devido à falta de informação sobre os resíduos gerados pelo mesmo.
(Clicrbs, 10/12/2007)