A Coréia do Sul começou a contabilizar os custos ambientais e econômicos do pior desastre ambiental ocorrido no país , enquanto milhares de pessoas ainda trabalham para tentar conter a mancha de óleo que atinge área do litoral sul coreano conhecido por ser uma reserva natural.
Um acidente entre um petroleiro de Hong Kong e um cargueiro sul-coreano na sexta-feira (07) causou o vazamento de mais de 10 mil toneladas de combustível derivado do petróleo no mar. A mancha de óleo já se estendeu por 20 km em direção ao nordeste e por cerca de 30 km ao sudeste, em direção à região de Taean, na costa oeste da península coreana, conforme informa a agência de notícias "Yonhap".
A região abriga o parque nacional de Taean Haean, famoso por suas praias turísticas. "Ainda não temos uma estimativa do custo gerados pelo desastre", disse à Reuters uma fonte do governo coreano. "O foco agora é minimizar os danos causados".
O governo declarou parte da região de Taean como "área especial" por conta do desastre e irá destinar um fundo inicial de US$ 6,5 milhões, disse o ministro do interior Park Myung-jae à agência de notícias "Yonhap".
EsforçosEnquanto a mancha poluidora se estende pelo costa coreana, o governo elevou para 8.800 o número de pessoas que estão trabalhando para conter os danos. A guarda costeira trabalha com 138 embarcações, que tentam reter o combustível. A expectativa é que o trabalho de limpeza leve mais de um mês, disse o ministro da marinha sul coreano Kang Moo-hyun.
Pior acidente O acidente aconteceu na sexta-feira quando o petroleiro de Hong Kong o Hebei Spirit colidiu com um cargueiro sul-coreano no mar ocidental da Coréia do Sul e verteu ao mar mais de 10.000 toneladas de petróleo.
Até o momento, o pior desastre ambiental da Coréia do Sul tinha sido o naufrágio, em julho de 1995, de um petroleiro sul-coreano nas proximidades de Yeosu, cidade que abrigará a Exposição Universal de 2012, cuja edição vai ser dedicada aos recursos hídricos.
No acidente de 1995, foram derramadas 5.035 mil toneladas de petróleo. As perdas chegaram a US$ 75 milhões. Além disso, o governo sul-coreano precisou de mais US$ 23 milhões para a limpeza do local, que durou cinco meses.
(Folha Online,
Ambiente Brasil, 11/12/2007)