O governador de Rondônia, Ivo Cassol, prevê aumento de investimentos privados no Estado por causa da construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira. Além dos gastos de R$ 9,5 bilhões previstos nas obras, a promessa é de que outras empresas sejam instaladas na região.
“O fluxo de dinheiro que vai fomentar o comércio e a indústria dentro do estado é muito grande. O grupo Votorantim já está instalando uma unidade para a produção de cimento e muitas outras empresas virão. E nós queremos mais”, afirmou Cassol na sede Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), onde ocorreu o leilão.
A Aneel estima que 13 mil empregos diretos sejam criados com a construção da usina. Cassol disse que os investimentos são fundamentais não apenas para a região, mas para todo o país. O governador foi incisivo ao falar sobre quem se opõe à instalação da hidrelétrica.
“É só pedir para a comunidade local parar de assistir aos joguinhos na televisão, parar de ligar o ar condicionado e parar de tomar cerveja gelada. Todo mundo gosta de conforto e de boa mordomia, mas, na hora de atrapalhar, eles esquecem que a geração de emprego e renda tem de ter obras estruturantes”, criticou.
Dezenas de manifestantes haviam invadido a sede da Aneel, em Brasília, horas antes da realização do leilão. A Polícia Militar teve de agir e um tumulto foi iniciado na recepção da agência. Sete pessoas foram presas. Por causa da confusão, houve mais de duas horas e meia de atraso no processo que foi vencido pelo consórcio Madeira Energia, cujos maiores participantes são a estatal Furnas e a empreiteira Odebrecht. As primeiras turbinas da hidrelétrica de Santo Antônio devem ser ativadas em 2012.
(Por Hugo Costa, Agência Brasil, 10/12/2007)