Ao comentar a notícia veiculada pela imprensa nesta sexta-feira (07/12) sobre a redução de 20% do desmatamento da Amazônia no último ano, o senador João Pedro (PT-AM) ressaltou que, no mesmo período, ainda foram derrubados 11 mil quilômetros quadrados da floresta. Na opinião do senador, o povo brasileiro precisa envolver-se com mais firmeza na defesa da floresta. Ele sugeriu ações convergentes entre as prefeituras e secretarias de meio ambiente, bem como entre os governos federal e estadual para a formulação de políticas públicas destinadas a combinar desenvolvimento econômico com qualidade de vida.
O senador informou que a área desmatada no último ano é equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo e que, conforme estudo do Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes), a maior parte está localizada em áreas de proteção ambiental.
- Não podemos desconhecer que ela [a Floresta Amazônica] é cobiçada, que ela é estudada, que ela é desejada por países além do nosso Brasil. Inclusive, a Amazônia precisa ser cobiçada muito mais por nós, brasileiros. Nós precisamos cobiçar mais a Amazônia - disse.
Em seu pronunciamento, João Pedro também comunicou que nesta segunda-feira (10/12) será realizada licitação para a obra da hidrelétrica de Santo Antônio, que será construída no Rio Madeira, em Rondônia. O senador informou que a obra está orçada em R$ 9 bilhões e que, pelo projeto, deverá produzir cerca de 3.340 megawatts de energia elétrica. A hidrelétrica está prevista para entrar em funcionamento em 2012.
João Pedro disse esperar que a construção da hidrelétrica de Santo Antônio respeite o meio ambiente, as populações ribeirinhas e os povos indígenas. Para o senador, a obra precisa, fundamentalmente, beneficiar as pessoas que vivem em Rondônia, ao atender à demanda de fornecimento de energia da indústria, do comércio e do setor de serviços.
Em aparte, o senador Jaime Campos (DEM-MT) comunicou que há cem dias a usina termelétrica Mário Covas, localizada no estado de Mato Grosso, está paralisada em razão do corte do fornecimento de gás por parte do governo boliviano. O senador apelou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá ir à Bolívia este mês, para que resolva a questão, com a retomada do funcionamento da termelétrica.
Jayme Campos informou que Cuiabá corre o risco de ficar sem energia e que, em cinco dias, começará a faltar gás para abastecer automóveis, o que vai prejudicar especialmente os taxistas.
- Estão todos à mercê do atendimento por falta de prioridade do governo federal em relação a essa luta, que não é de nós, mato-grossenses, mas de todos os brasileiros no cumprimento do contrato que o governo brasileiro tem com o governo boliviano - ressaltou.
(Por Iara Farias Borges, Agência Senado, 07/12/2007)