Cerca de 100 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estão ocupando a Fazenda São Paulo, no município de Valença, no sul fluminense, desde a madrugada de sábado (08/12). Segundo a dirigente do MST Luciana Miranda, o objetivo dos sem-terra é agilizar o processo de desapropriação de parte da fazenda pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Esta é a segunda vez que o MST ocupa a fazenda. A primeira vez foi em agosto de 2005, mas, segundo Miranda, os sem-terra tiveram que ser retirados da área porque o proprietário conseguiu a reintegração de posse junto à Justiça no mês seguinte. Desde então, as famílias viviam acampadas às margens da Rodovia Lúcio Meira (BR-393).
“Depois desse despejo, vínhamos cobrando, junto ao Incra, que ele terminasse logo o processo de desapropriação da fazenda, já que é uma área improdutiva. Por isso, essa reocupação, no sentido de agilizar esse processo, para assentar essas famílias, que estão desde 2005 na beira da estrada”, disse Miranda.
O MST mantém atualmente a ocupação de outras quatro fazendas no sul do estado do Rio: em Valença, Resende, Quatis e Barra do Piraí.
Segundo o superintendente do Incra no estado, Mário Lúcio Machado, que foi informado da ocupação pela Agência Brasil, o processo de desapropriação da Fazenda São Paulo está para ser concluído. Ele informou que, nesta segunda-feira (10/12), fará uma consulta ao setor jurídico do instituto para saber mais detalhes do andamento do caso.
(Por Vitor Abdala,
Agência Brasil, 08/12/2007)