Os trabalhos de retirada do petróleo derramado no maior desastre ecológico sofrido pela Coréia do Sul continuaram durante todo o dominego (09/12), três dias depois que um acidente entre dois navios lançou 10.500 toneladas de petróleo ao mar junto à costa oeste do país.
Segundo informou a agência local de notícias "Yonhap", o combustível derivado do petróleo danificou criações de marisco da região de Taean, e cobriu de negro algumas das conhecidas praias da região.
As equipes de emergência conseguiram deter no começo da manhã de hoje a terceira e última das três vias pelas quais escapava o cru do petroleiro acidentado.
O Governo sul-coreano declarou a região zona de desastre e mobilizou 90 navios, seis aviões e 6.650 soldados e policiais para trabalhar na limpeza e contenção do derramamento.
As previsões do executivo sobre a evolução da maré negra são cautelosas, mas moderadamente otimistas.
"O grande tamanho do vertido torna difícil sua contenção, mas não haverá nenhuma expansão significativa da mancha graças à maré e aos ventos", explicou Lee Bong-gil, funcionário de Gestão da Contaminação do Serviço de guarda-costeira da Coréia do Sul.
O vertido tem um diâmetro de cerca de 20 quilômetros e a região atingida possui uma importante indústria turística, que poderia se ver fortemente danificada por este desastre ecológico.
Além disso, nas proximidades se encontra o parque natural de Taean Haean, o único do país, que dispõe de 530 quilômetros de costa e um conjunto de 120 ilhotas, além de várias praias.
O acidente aconteceu na sexta-feira passada por volta das 7h30 (14h30 de quinta-feira em Brasília), quando um guindaste de um cargueiro sul-coreano de 11.800 toneladas fez três buracos no casco do petroleiro de Hong Kong
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EFE, 09/12/2007)