Doze pescadores e um biólogo foram presos em flagrante na sexta-feira (07/12) pela Polícia Federal enquanto pescavam de forma irregular dentro de uma área de proteção ambiental, no município de Arraial do Cabo, na região dos Lagos, no Rio de Janeiro. O crime acontecia dentro de reserva florestal federal.
Duas embarcações foram apreendidas com mais de uma tonelada e meia de pescado, todos em tamanho inferior ao permitido. Foram encontrados exemplares de lula, siri, camarão, polvo e diversos tipos de peixe.
Na área de proteção ambiental, apenas pescadores credenciados pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), podem trabalhar. Mas segundo o titular da delegacia de Niterói, Vitor Poubel, nenhuma das pessoas presas possuíam autorização.
Segundo Poubel, o procedimento de pesca provoca danos ao meio ambiente. "São barcos industriais com arrasto de corte, que fincam dois ferros no fundo do mar, a cerca de meio metro de profundidade, saem arrastando tudo e jogam tudo o que puderem pra cima. Em seguida vem a rede, que joga tudo para dentro do barco", explicou.
Os presos foram levados para a delegacia da Polícia Federal de Niterói. O crime é inafiançável e os presos poderão pegar entre um e cinco anos de prisão, além de ter que pagar multa a ser fixada pelo Ibama. O flagrante ocorreu com base em denúncias de pescadores que possuem autorização para trabalhar na região.
O pescado apreendido será analisado pelo Ibama, e se estiver em condições de ser consumido, será distribuído na comunidade local.
(Por Mariana Borgerth, Agência Brasil, 07/12/2007)