Lisboa, 7 dez (Lusa) - Ativistas da organização ambientalista Greenpeace protagonizaram em Lisboa duas ações de protesto contra a política ambiental européia e africana na África, estendendo dois cartazes na região em que será realizada a 2ª cúpula UE-África.
Um cartaz foi colocado na Torre Vasco da Gama e outro nos cabos do teleférico, desativado por razões de segurança, que percorre a margem norte do Rio Tejo, no parque das Nações.
Os dois cartazes tinham a mensagem "Save the climate - Save Africa's forests" (Salve o clima - Salvem as floretas africanas).
Na Torre Vasco da Gama, a poucos metros do local que vai acolher as reuniões entre os líderes europeus e africanos, seis membros da organização escalaram o monumento para colocar a faixa de protesto.
O protesto começou no início da tarde. Foram necessárias duas horas para colocar a mensagem, devido ao forte vento na região.
"A faixa tem 30 metros de comprimento e nove de largura, e pretende chamar a atenção de todos para a necessidade de acabar com o desmatamento das florestas africanas, praticada também por grandes empresas portuguesas", afirmou à Agência Lusa o coordenador da campanha das florestas africanas do Greenpeace, Stephan Van Praet.
LiderançasSegundo o ambientalista, a ação tem como objetivo apelar aos líderes dos dois continentes para comandarem ações para acabar com a destruição das florestas tropicais.
"A prática é responsável por aproximadamente 20% do total das emissões de gases causadores do efeito estufa", disse Van Praet.
A organização quer ainda que a devastação das florestas seja um tema incluído no Protocolo de Kyoto, que está sendo discutido em Bali, na Indonésia, até o final da próxima semana.
"Os chefes de Estado reunidos em Lisboa precisam mandar uma mensagem clara para as suas delegações em Bali sobre a importância em acabar com o desmatamento", afirmou.
Stephan Van Praet defendeu que são necessárias "fortes medidas" e "compromissos urgentes" para a proteção das florestas africanas, que ajudam a impedir o aumento das alterações climáticas.
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Lusa, 07/12/2007)