A ampliação do rodízio de veículos em São Paulo foi aprovada em primeira votação pela Câmara Municipal, na última quarta (05/12) à noite. Criado pelo vereador Ricardo Teixeira (PSDB), o projeto de lei institui restrição de circulação em todos os dias da semana para todos os veículos, ampliando a proibição para todo o território da capital, com esquema de horário alternado. Para virar lei, no entanto, o projeto ainda precisa ser aprovado em segunda votação. Depois, segue para sanção do prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Atualmente, apenas 20% da frota fica impedida de circular diariamente no centro expandido. A cada dia da semana, dois finais de placas estão proibidos de sair da garagem. Com a mudança, segundo o vereador, o número de veículos impedidos de rodar aumentaria em 30 pontos porcentuais. Mas especialistas contestam o cálculo.
No esquema novo, em anos ímpares, como 2007, o rodízio valeria nos horários de pico, das 7h às 8h30 e das 17h às 18h30 para placas com final ímpar. No segundo horário, das 8h31 às 10h e das 18h31 às 20h, a restrição funcionaria para placas com final par. Todos os dias da semana. O rodízio é invertido nos anos pares, como 2008, restringindo nos primeiros horários, da manhã e da tarde, a circulação de carros com placas de final par.
O objetivo, segundo o parlamentar, é proibir que os donos de dois carros driblem o esquema. "Em vez de 5,4 milhões de veículos na rua no horário do rush, teremos 3 milhões. Isso vai melhorar o trânsito." A medida é vista com cautela pelo presidente do Instituto de Engenharia, Francisco Christovam, que acredita que a proposta deveria partir da CET. Ele defende limites ao uso do automóvel e diz que, antes de aprovar esse projeto, é preciso tirar das ruas 30% da frota que circula irregularmente. "São mais de 1,5 milhão de carros sem registro. Temos de resolver esse problema para depois aplicar restrições a quem está regular." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
(Notícias UOL, 06/12/2007)