Mortandade de peixes começou no último fim de semana no Castelhano
Venâncio Aires - Após a vistoria realizada na quarta-feira nas margens do Arroio Castelhano, membros da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Polícia Ambiental (Patram) e Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) decidiram esperar o resultado das análises da água coletada pela equipe da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) sobre a causa da mortandade de 18 espécies de peixes no córrego. Mas, segundo os técnicos ambientais, a chuva que caiu na região entre terça e quarta-feira pode comprometer os relatórios caso o incidente tenha sido proposital, como, por exemplo, o lançamento de produtos químicos nas águas.
Para o químico do escritório regional da Fepam, Erny Meinhardt, a morte dos peixes pode ter sua origem na zona urbana, rural ou industrial. De acordo com o químico, o trabalho de investigação das causas pode ser dificultado em virtude do espaço de tempo entre o episódio – no fim de semana – e o acionamento dos órgãos ambientais – terça-feira. “A chuva de terça provocou a lavagem do arroio, diluindo possíveis poluentes e carregando os peixes já mortos”, disse.
A secretaria municipal, segundo a bióloga Mariana Faria Correa, vai continuar com os serviços de investigação e pretende ainda hoje percorrer o arroio a bordo de um barco. A intenção é colher informações com os moradores e vestígios sobre o caso no curso do córrego. “Se for crime ambiental, não vamos deixar impune”, salientou Mariana. A pasta do Meio Ambiente, assessorada pelo engenheiro agrônomo Fernando Heissler, tem o respaldo do Ministério Público do município.
(Por Francine Schwengber, Gazeta do Sul, 07/12/2007)