Os agricultores da região de Maringá, no Noroeste do estado, estão matando pombos a tiros para proteger as lavouras. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) permite o abate, mas os produtores reclamam da burocracia e que isso impede que consigam a autorização do órgão ambiental.
Segundo reportagem do ParanáTV, as pombas, chamadas de amarguinhas, se tornaram uma praga nas lavouras da região de Maringá, uma das maiores produtoras de soja do país.
Os agricultores fazem de tudo para espantar as pombas. Utilizam espantalhos improvisados e soltam rojões. Alguns produtores usam espingardas para afastar de “vez” as pombas. Na propriedade de um dos agricultores que abatem as pombas, que prefere não ser identificado com medo da fiscalização, os animais já provocaram um prejuízo de R$ 20 mil.
Os técnicos ambientais do Ibama afirmam que existe uma norma para conseguir o abate, mas a propriedade precisa cumprir uma série de obras. Entre elas, ter a reserva de mata nativa legalizada e o cadastro das pessoas que vão realizar o trabalho.
“Eu sei que é proibido, mas fazer o quê? Ou elas, ou nós. Então vamos continuar matando as pombinhas”, afirmou o agricultor que vai continuar usando a espingarda.
Os pombos, além de prejudicar as lavouras podem trazer doenças para as pessoas. No verão os animais podem transmitir micose, que pode levar a morte.
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Gazeta do Povo, 07/12/2007)