O aumento da produção nacional de petróleo que será proporcionada pela futura exploração do supercampo petrolífero de Tupi, na Bacia de Santos, não deverá afetar o mercado de etanol, disse na quarta-feira (05/12) o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. Segundo ele, o álcool combustível produzido no Brasil consegue competir com os derivados de petróleo mesmo que o barril da commodity chegue a uma cotação de US$ 30. Atualmente, os preços internacionais do petróleo estão próximos dos US$ 90.
Mesmo do ponto de vista do mercado doméstico, Tolmasquim lembrou que, historicamente, o preço da gasolina vendida no Brasil acompanha as tendências de preço do mercado internacional. Assim, mesmo com o aumento da produção local de petróleo, o preço do etanol vendido nas bombas continuaria em condições de competição.
Tolmasquim participou de audiência pública promovida pela Subcomissão de Biocombustíveis do Senado. O presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank, disse que, apesar de Tupi ser uma grande descoberta, em termos globais o campo equivale a "um ano de consumo da China". "O campo de Tupi não resolve o problema no petróleo no mundo", disse.
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A Tarde, 06/12/2007)