O desmatamento do sul do Amazonas desacelerou em quase 50% em relação ao ano passado. Os dados, divulgados ontem (06/12) no balanço anual de desmatamento naquela região pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foram levantados nas cinco operações realizadas pelo órgão neste ano e monitoradas com base em informações de satélites dos sistemas Deter, Prodes e do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).
Segundo o superintendente do Ibama no Amazonas, Henrique Pereira, uma das razões para ter sido iniciado um processo de desaceleração do desmatamento é o novo método de fiscalização. "As operações de porte médio são realizadas a cada dois meses durante todo o ano", afirmou. Foram 36,3 mil hectares desmatados no sul do Amazonas no ano passado.
Dos quatro anos monitorados em fiscalizações e atestados por fotos de satélites, o ano passado bateu o recorde em desmatamentos, com 72,7 mil hectares destruídos. Os satélites apontaram que em segundo lugar veio 2004, com 68,1 mil hectares, seguido por 2005, com 38,3 mil hectares.
As cinco operações realizadas neste ano custaram R$ 580 mil ao Ibama, sem contar com a mobilização de apoio do Exército, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia Militar e governo do Amazonas. Em multas, renderam ao órgão R$ 51,5 milhões, além de 956 metros cúbicos de madeira em toras (ainda não processada para comercialização) apreendidos e 717 metros cúbicos de serrada.
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Folha Online, 06/12/2007)