Nem mesmo o Pró-Guaíba, programa do governo estadual, movimentou tanto dinheiro quanto movimentará o Pisa, o Programa Sócio-Ambiental cujas obras iniciais foram abertas pelo prefeito José Fogaça na Restinga e na Cavalhada, em Porto Alegre, nesta quarta-feira. “Serão aplicados R$ 416 milhões e ao final de 5 anos o tratamento de esgotos da cidade pulará dos atuais 27% para 77%”, foi o que disse ao editor desta página o diretor Geral do Dmae, Flávio Presser, que a todo momento consultava a didática cartilha que editou para explicar aos portoalegrenses a revolução que está promovendo.
Os dois primeiros contratos contemplam o início das obras de 80 kms de rede de esgotos, interruptores, emissários e duas estações de bombeamento para a Estação de Tratamento de Ipanema. Nas cinco frentes abertas esta semana na Restinga e Cavalhada, foram gerados 250 empregos diretos. A área responde por 5% dos esgotos de Porto Alegre. Serão beneficiados 60 mil moradores.
O Pisa é totalmente pago pela prefeitura, que buscou financiamento na Caixa Federal e no BID. Aliás, o BID tinha encerrado sua conversa com a prefeitura, porque os governos do PT produziram déficits em cima de déficits e o banco não quis correr risco. Só agora, depois que Fogaça recuperou as finanças públicas, o BID topou retomar as negociações. O contrato de financiamento será firmado em abril, em Washington, por Fogaça.
Na semana que vem, poderá sair o edital para a construção da Estação de Bombeamento de esgoto da Ponta da Cadeia, bem no centro da cidade, região para onde vão atualmente 40% dos esgotos sem tratamento de Porto Alegre. O esgoto será bombeado dali para a Estação de Tratamento da Ponta Grossa, 17 quilômetros adiante.
Nota do editor – No início do ano o Dmae irá também para
o Sarandi, na zona Norte, região onde vivem 300 mil portoalegrenses, porque Flávio Presser quer começar ali a construção do Sistema de Esgoto Sanitário. As obras somarão R$ 220 milhões e o dinheiro está garantido. As obras começarão pela Vila Asa Branca.
(Políbio Braga, 06/12/2007)