O Ministério Público Federal denunciou cinco pessoas por furto e venda de obras raras do acervo de diversos museus e fundações públicas. Eles serão processados pelos crimes de formação de quadrilha, furto, receptação qualificada e falsidade ideológica.
"Normalmente esse tipo de quadrilha se passa por estudante ou pesquisador, pede para analisar um material e em um momento de descuido leva o livro ou a revista, isso quando não rasgam uma página, com uma imagem rara, por exemplo", afirmou o procurador da República responsável pela denúncia, Carlos Alberto Aguiar.
Os acusados foram presos em flagrante em outubro quando estavam no Rio de Janeiro com o suposto objetivo de furtar peças da Fundação Casa de Ruy Barbosa.
Com os presos, foram encontrados diversos objetos raros da Biblioteca Nacional, da Biblioteca Mário de Andrade, do Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico e do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Também foram encontrados canivetes e carimbos, que eram usados para impedir que se descubrisse a origem das obras.
De acordo com o procurador, as obras tem um valor histórico e comercial, e por esse motivo o preço de mercado é muito variável, mas uma única peça pode chegar a mais de R$ 5 mil.
De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional todos os museus estão passando ou devem passar por um processo de modernização dos equipamentos de segurança, com a instalação de aparelhos detectores de movimentos e câmeras.
(Por Mariana Borgerth, Agência Brasil, 06/12/2007)