O lixo eletrônico descartado pela Unisc vai ganhar novo destino. Na semana passada, equipamentos sucateados como gabinetes de computador, monitores, impressoras, fontes de alimentação, HDs, memórias RAM, processadores, drives de disquete e de CD ROM e scanners, dentre outros materiais em desuso, foram doados para a Peacock do Brasil Ltda., de Porto Alegre.
Ela é uma empresa habilitada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) para receber e reciclar lixo eletrônico como computadores e aparelhos de TV, CDs e DVDs que muitas vezes demoram séculos para se decompor. O objetivo é minimizar o impacto ambiental desse tipo de detrito.
O diretor da Peacock do Brasil, Cristian Kienzle, ressalta que o trabalho é inédito na Região Sul. “Que eu saiba, só havia um projeto semelhante em São Paulo”, afirma. “Ficamos contentes em saber do desejo da Unisc em destinar corretamente seus resíduos tecnológicos.”
Segundo ele, os equipamentos serão recebidos, desmontados e selecionados por tipo de material e, então, destinados aos parceiros licenciados e que detêm a tecnologia para reciclá-los. As empresas que participarem desse projeto enviando seus resíduos, como é o caso da Unisc, recebem um Certificado de Consciência Ambiental.
A Peacock é a primeira empresa instalada na Região Sul a ganhar licença de operação para receber resíduos eletrônicos. Ela repassará o material plástico para a sua matriz em Hong Kong, enquanto objetos de metal, placas e monitores serão vendidos a empresas da Capital, de Sapucaia do Sul e de São Paulo.
E-lixo
O Projeto E-LIXO consiste no recebimento de equipamentos eletroeletrônicos excedentes, em desuso ou danificados provenientes de indústrias, comércio e entidades pessoa jurídica. Eles serão desmontados, separados por tipo de materiais e destinados a empresas licenciadas, para reciclagem.
Para registro da transação, a empresa cedente vai emitir uma nota fiscal para a Peacock do Brasil valorando o material em R$ 0,05 por quilo. O pagamento é no prazo de 30 dias, mas se a empresa assim desejar, o valor será somado a uma parcela do lucro aferido pela Peacock com a venda dos materiais e revertido em campanhas sociais a entidades em forma de alimentos ou equipamentos como nebulizadores para creches e aparelhos de medição de pressão para asilos, dentre outros.
(Gazeta do Sul, 06/12/2007)