Brad Pitt não quer ser só um rosto bonito. Está envolvido em muitas causas e ultimamente, de maneira especial, no projeto Make It Right [Faça Direito], com o qual pretende reconstruir o Lower Ninth Ward, o bairro de Nova Orleans mais afetado pela passagem do furacão Katrina, em agosto de 2005.
Uma equipe internacional de 13 escritórios de arquitetura apresentou projetos das residências unifamiliares que o ator quer construir. A primeira poderá estar pronta em maio de 2008. O ator pretende construir 150 moradias ecológicas para famílias que foram desalojadas pela destruição causada pelo Katrina. Para comunicar sua decisão, Pitt montou uma instalação artística com tendas cor-de-rosa.
"Cento e cinqüenta lares são nossa meta. Mas não há motivo para não fazermos mil casas, ou 10 mil casas, ou 100 mil casas", proclamou Pitt perto do dique do canal industrial que se rompeu liberando uma catarata de água que caiu sobre o bairro.
O ator foi muito crítico com o governo Bush e suas tímidas tentativas para reconstruir Nova Orleans, e trabalhou com o grupo ecológico Global Green USA para construir moradias ecológicas.
Brad Pitt, que tem uma casa com Angelina Jolie no bairro francês de Nova Orleans, explicou que as novas residências vão incluir eletrodomésticos que economizam energia e serão construídas com materiais ecológicos, dentro dos mais exigentes critérios de arquitetura sustentável.
Pitt se comprometeu a investir US$ 5 milhões no projeto. Cada casa tem um valor estimado em US$ 150 mil. "Sou um mau vendedor, mas trata-se de uma campanha para adotar uma casa. Peço que as fundações, as pessoas ricas, os grupos religiosos, as corporações venham e adotem uma casa, basicamente um investimento para ajudar uma família a voltar ao seu lar."
Pitt diz ter ficado fascinado por Nova Orleans em 1994, enquanto filmava a adaptação para o cinema de "Entrevista com o Vampiro". "É a cidade mais original dos EUA. Minha família e eu gostamos de estar aqui, onde podemos levar uma vida normal. É o único lugar onde eu poderia fazer uma loucura sem que me considerem louco."
(Por Mábel Galaz,
El País, 06/12/2007)