O prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, inaugurou oficialmente ontem (05) o Programa Integrado Socioambiental (Pisa). Junto com o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Flávio Presser, e o coordenador do Pisa, Carlos Fernando Marins, ele recebeu a imprensa no local das obras do Sistema de Esgotamento Sanitário da Restinga.
A canalização da rede coletora de esgotos das regiões Restinga-Ponta Grossa vai conduzir os dejetos que hoje são lançados sem tratamento no arroio do Salso até a Estação de Tratamento de Esgotos Ipanema. Está prevista a redução de mais de 90% na densidade de coliformes lançados no lago Guaíba, desde a foz do arroio Dilúvio até a praia de Ipanema. Por conseqüência, estima-se que as doenças de veiculação hídrica tenham queda de 25% nos bairros beneficiados.
O programa também prevê o reassentamento de 1,6 mil unidades habitacionais de famílias que hoje vivem em áreas de risco no entorno do arroio Cavalhada, no bairro Cristal. No total, 700 mil pessoas serão beneficiadas pelo Pisa.
De acordo com a prefeitura, a capacidade de tratamento dos esgotos da cidade passará dos atuais 27% para 77% até 2012, permitindo a recuperação da balneabilidade das praias do Guaíba em 20 anos, aproximadamente.
O programa está orçado em R$ 413,6 milhões, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Caixa Econômica Federal, via Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do governo federal. As negociações com o BID, principal financiador, começaram em 2000, mas foram suspensas três anos depois devido ao déficit nas contas municipais.
Fogaça destacou o esforço para retomar o equilíbrio financeiro e lembrou a importância social do projeto. "São 80 quilômetros de rede, que darão novo padrão de qualidade de vida e saúde para os moradores da Restinga. É uma obra histórica na cidade. Uma revolução positiva na vida dos porto-alegrenses", ressalta o prefeito.
(JC-RS, 06/12/2007)