O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, informou que, na 13ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-13), o Brasil vai mostrar o que tem feito e dizer o que está disposto a fazer para contribuir para a redução de fatores que levam ao aquecimento global, inclusive no que diz respeito à redução daqueles gerados pelos desmatamentos.
Ele embarcou nesta quarta-feira (05/12) para Bali, na Indonésia, onde, até o dia 14, ocorre o evento internacional. Na avaliação do ministro, as propostas apresentadas pelos 190 países participantes terão um tempo de maturação.
"Bali é um começo, não é o fim em si mesmo. Será ponto de partida para um processo negociador", disse, acrescentando que isso deve incluir o etanol e os biocombustíveis.
O Brasil, acrescentou, não poderia ficar de fora desse debate. "Não faz sentido conversar sobre os fatores de redução do efeito estufa sem discutir as altas tarifas impostas ao etanol ou os subsídios dados à produção em países ricos, que criam problemas para eles mesmos, porque encarecem os preços dos alimentos".
Segundo ele, será uma discussão fundamental, na medida em que vai confrontar países defensores do meio ambiente que mantém práticas incompatíveis com a preservação ambiental.
"Não só através das taxas e subsídios absurdos, mas também quando tentam, por todos os meios, forçar que países como o Brasil sejam importadores de lixo ou pré-lixo".
No sábado (08/12) e no domingo (09/12), Amorim de um fórum sobre mudanças no modelo de desenvolvimento econômico, de modo a ajudar os países mais pobres e que contribuam para reduzir as emissões de carbono. O convite foi feito pela ministra do Comércio da Indonésia.
(Por Stênio Ribeiro, Agência Brasil, 05/12/2007)