Em menos de 20 anos o hidrogênio poderá se tornar a principal fonte de energia, com usos tão díspares que iriam dos telefones celulares à calefação, passando pelos transportes, segundo cientistas franceses. "Esperamos que estas tecnologias possam ser aplicadas em dez ou 20 anos", declarou Philippe Mazabraud, chefe dos laboratórios que armazenam hidrogênio para o CEA (Comissariado francês de Energia Atômica), de Ripault, na França.
Pode-se produzir hidrogênio a partir de uma grande variedade de fontes, entre elas o gás natural, o carvão ou a água. A fonte de energia também apresenta a vantagem de não produzir gases que provocam o efeito estufa e podem ser usados no setor de transporte. Em dois ou três anos, segundo os especialistas, os telefones celulares também começarão a ser equipados com pilhas deste tipo de combustível.
Os mesmos especialistas garantem que a eletricidade produzida graças ao hidrogênio poderá também ser usada nos sistemas de calefação de casas e edifícios. Além disso, prevêem a existência de frotas de veículos alimentados por hidrogênio nas estradas mundiais.
Pesquisas As pesquisas sobre o hidrogênio como futura fonte de energia estão muito avançadas em países como Japão, Alemanha e Estados Unidos. A empresa norte-americana General Motors prevê, inclusive, a produção de veículos competitivos e não-poluentes, que funcionarão a pilhas de hidrogênio para o ano 2010 ou, no mais tardar, em 2012.
O CEA francês, por sua vez, também aponta os progressos dos últimos anos nos materiais para fabricar pilhas de hidrogênio. Segundo este organismo, nos últimos sete anos, o peso e o custo das placas especiais de pilhas especiais deste combustível terão diminuído em 90%. O CEA fixou o objetivo de reduzir pela metade nos próximos três ou quatro anos a quantidade de platina, um elemento muito caro que é utilizado na composição das pilhas.
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Folha Online, 04/12/2007)