Empresas de todo o mundo pediram na terça-feira (04/12) em Bali a manutenção do mercado de carbono e definiram oito objetivos para medir seu êxito ou fracasso na 13ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática. Centenas de companhias, reunidas nos Conselhos de Energia Sustentável de Austrália, Estados Unidos, Reino Unido e outros países, e organizações empresariais internacionais debateram suas condições para medir as decisões que forem tomadas em Bali.
"Há muitas empresas que apóiam que se tomem decisões agora e pedem um marco internacional de cumprimento obrigatório em apoio aos mercados do carbono", afirmou à Agência Efe Lisa Jacobson, diretora do Conselho de Negócios de Energias Sustentáveis americano. "A incerteza atual tem um impacto muito grande no investimento. É necessário um compromisso de continuidade, porque só se investirá se for colocado um preço nas emissões", acrescentou Lisa.
O secretário-geral do Conselho Global de Energia Eólica, Steve Sawyer, disse à Efe que "as empresas estão muito interessadas em aumentar seus investimentos em tecnologia de baixo uso e não utilização do carbono, e estão fazendo (isso)". "Mas, para fazê-lo na escala necessária a fim de responder à mudança climática, são necessários claros sinais dos Governos de que o preço do carbono será mantido (constante) quando terminar (o Protocolo de) Kioto, em 2012, e que o marco básico dos mecanismos de mercado estabelecidos será preservado", acrescentou.
As empresas exigem que os representantes de 190 países reunidos em Bali reconheçam a necessidade da continuidade de um marco legal obrigatório que indique, melhore e expanda os mercados de carbono atuais e projetem instrumentos financeiros para depois de 2012.
Também pedem aos Governos que identifiquem a necessidade de acelerar a transferência tecnológica e apóiem o desenvolvimento de novas tecnologias, compartilhando o risco com as empresas que se dedicam a isso. As empresas pedem que se reconheça a necessidade de incluir o setor privado nos esforços de adaptar o aumento de temperaturas e reduzir as emissões.
As companhias solicitam ainda que sejam realizados projetos pilotos para testar os novos instrumentos de cooperação internacional sobre o assunto. Além disso, desejam a melhora da disponibilidade e da confiança nos atuais sistemas de medição e controle de emissões, parte fundamental dos mercados do carbono.
(Yahoo Brasil,
Ambiente Brasil, 05/12/2007)