(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
emissões de gases-estufa
2007-12-04
Apesar de gerar 17% da energia global e não emitir carbono, energia atômica não é 'vacina' para mudança climática, diz relatório do PNUD

Apesar de produzir cerca de 17% da eletricidade mundial e não gerar emissões de carbono, a energia atômica não é uma "vacina" para prevenir o aquecimento global, afirma o Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008, do PNUD. Segundo o documento, o ideal é ter um “meio-termo” entre posições contrárias e favoráveis às usinas nucleares e pesar o custo-benefício do ponto de vista econômico, climático e de segurança das atuais instalações.

Eliminar as usinas nucleares existentes sem substitui-las por outras fontes de energia com baixa emissão de CO2 pode ser uma opção ruim. De acordo com o texto, esta “é uma receita para aumentar as emissões de dióxido de carbono”.

A questão para os governos, segundo o RDH, é saber se a energia atômica é mais barata e eficiente a longo prazo do que formas alternativas de energia, como a solar e a eólica. Os custos para construir uma usina nuclear são altos e giram entre US$ 2 bilhões e US$ 3,5 bilhões por reator, sem contar gastos com eliminação de lixo atômico e desativações. “Sem ações de governo para garantir mercados energéticos, redução de riscos e a eliminação de resíduos, a iniciativa privada teria pouco interesse em investir na energia nuclear”, afirma o relatório.

Projeções de médio prazo acompanhadas pelo PNUD indicam que o consumo de energia atômica tende à estagnação ou queda no mundo, em comparação com o fornecimento total de energia elétrica. Países como a Alemanha e a Suécia estão avaliando desativar suas usinas atômicas. “Nos Estados Unidos não são construídas novas centrais nucleares há mais de três décadas”, diz o RDH. Em 2006, enquanto um reator foi ativado no Japão, seis foram desativados nos países ricos. Na França, entretanto, reatores atômicos geram 80% da energia consumida no país e há planos de expansão para o uso doméstico.

Cerca de quatro quintos da capacidade nuclear do mundo estão instalados em 346 reatores nos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que incluem as nações da União Européia.

Além das questões econômicas, a finalidade bélica da tecnologia nuclear também é motivo de preocupação para o PNUD. “A nível internacional, existe o perigo das tecnologias nucleares poderem ser usadas na criação e produção de armamento, independentemente de se destinar a fins militares ou não. Sem um acordo internacional para reforçar o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, a rápida expansão da energia nuclear colocaria grandes riscos a todos os países”, reforça o texto.

O relatório aponta que, para garantir que a energia nuclear seja usada para fins civis, os mecanismos de monitoramento devem incluir inspeções e verificações continuadas, além de uma maior transparência e regras internacionais claramente definidas. O documento aponta ainda que os países ricos poderiam fazer muito mais para vencer os desafios globais "ao reduzir os seus próprios arsenais nucleares e promover uma diplomacia ativa para avançar com a não proliferação".
 
(Rafael Sampaio, PrimaPagina, PNUD Brasil, 03/12/2007)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -