Duas coisas criadas pelo homem são igualmente vorazes e destruidoras por natureza: a bomba atômica e a burrice. A primeira, faz tempo que não vem sendo usada, graças a Deus. A segunda, no entanto, assume os mais variados disfarces e pode ser apresentada, inclusive, sob o manto de discurso inteligente e politicamente correto.
É exatamente o que vem acontecendo nos chamados círculos ambientalistas, que fazem oposição à implantação do florestamento como atividade econômica produtiva para nossa região.
Organizações esquerdizantes, incapazes de oferecer alternativas verdadeiramente eficazes para o progresso da Metade Sul, fazem de tudo para obstaculizar os empreendimentos florestais de empresas como a Aracruz, tentando inviabilizar a parceria com produtores rurais e a geração de empregos, através de um discurso que, entre o mítico e o apocalíptico, divaga sobre a possibilidade da desertificação da Fronteira-Oeste. A verdade é que a empresa em questão possui uma eficaz política de preservação ambiental, respeitando a proximidade com várzeas e a manutenção da mata nativa. Se os assentamentos do MST praticassem o mesmo respeito ambiental que existe nas florestas industriais da Aracruz, até eu defenderia a reforma agrária. Aliás, faço este desafio: mostrem-me um assentamento ecologicamente correto. Um só. E aí, então, aceito que se critique a Aracruz...
O que os ecoterroristas não suportam é que a lógica contraria suas suposições fantasmagóricas. Florestas de eucalipto que têm sido plantadas em dezenas de propriedades rurais de nosso município têm atraído muito mais vida nativa. Emas, perdizes e outros animais vários recuperam um habitat. No entanto, graças à verborragia furiosa de alguns segmentos desinformados, conseguiram convencer muita gente de que plantar árvores, vejam só, é uma atitude antiecológica. Nosso anseio é que seja uma atividade pujante e cada vez mais sólida em nossa comunidade.
(Por Tarso Teixeira*, JC-RS, 04/12/2007)
*Vice-presidente da Farsul