Nas últimas conferências internacionais sobre mudanças climáticas, as COP´s, a delegação brasileira vem ocupando lugar de destaque, sob o comando do Ministério das Relações Exteriores. A importância da participação brasileira tem sido assegurada não só pela qualidade das propostas apresentadas e aprovadas, mas também pela representação de instituições governamentais, da sociedade civil e das empresas, estas sob liderança do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).

Na décima terceira Conferência das Partes de Mudanças do Clima (COP 13), a ser realizada de 3 a 14 de dezembro de 2007, em Bali, Indonésia, o CEBDS, por intermédio de sua Câmara Técnica de Mudança do Clima, participa da realização de um evento paralelo para apresentar, em conjunto com a COPPE/UFRJ, dois estudos: “Contribuição da Base Florestal ao Ciclo de Carbono” e “Biocombustíveis e Mudanças Climáticas: Interfaces e Potencialidades” como parte da solução para o problema das mudanças climáticas.

A publicação sobre os biocombustíveis aborda desde as políticas públicas brasileiras para incentivar o uso dos combustíveis alternativos, até o risco da redução da biodiversidade com o aumento da monocultura de cana-de-açúcar para abastecer a indústria do etanol.

O segundo estudo apresenta um panorama dos impactos das mudanças climáticas nos diferentes biomas, aborda as florestas como sumidouros de carbono e as experiências do setor brasileiro na preservação. A publicação também faz uma análise do papel das florestas dentro do protocolo de Quioto e dos incentivos para a conservação florestal.

O evento “Brazilian Contributions for Climate Change Mitigation: Forestry, Biofuels and Financial Perspectives” acontece no dia 07 de dezembro de 13:00 às 15:00hs na sala Bingo do Hotel Grand Hyatt e conta com a presença da Ministra Marina Silva, do diretor do Departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais do Ministério das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, do Coordenador Geral de Mudanças Globais de Clima do Ministério da Ciência e Tecnologia, José Miguez e do Presidente do World Bussiness Council for Sustainable Development, Bjorn Stigson, além de representantes do BNDES, da Petrobras e de outras empresas brasileiras.

“Aproveitaremos a reunião de um público tão qualificado para promover a discussão de assuntos que para nós são de extrema importância dentro do contexto das mudanças climáticas“, explica Marina Grossi, coordenadora da Câmara Técnica de Mudança do Clima do CEBDS .

O objetivo do CEBDS na COP é demonstrar no âmbito internacional, especialmente aos investidores estrangeiros, os projetos, ações e contribuições que o setor empresarial brasileiro tem prestado - e pode prestar - para vencer o desafio de reverter a curva de emissão de gases de efeito estufa e atrair novos negócios nessa área.

Desde a sua fundação, o CEBDS e suas empresas associadas têm participado ativamente dos eventos internacionais promovidos para discutir estratégias para reverter a curva do aquecimento global. Em especial na área de mudança do clima, o Brasil tem se destacado como referência, demonstrando capacidade de articulação entre diferentes setores e levando contribuições criativas.

No início deste ano de 2007, o CEBDS articulou o lançamento do Pacto de Ação em Defesa do Clima, no qual empresas de grande porte - como Alcoa, Petrobras, Shell e Votorantim – formaram uma aliança inédita com as entidades ambientalistas Greenpeace e WWF-Brasil, estabelecendo compromissos e metas de redução de emissões. O teor deste importante documento vem sendo discutido com o setor governamental, tanto no âmbito do Executivo como no Legislativo.

Fundado em 1997, o CEBDS é uma coalizão dos maiores e mais expressivos grupos empresariais do Brasil. São cerca 50 corporações com faturamento anual correspondente a 40% do PIB nacional, gerando mais de 600 mil empregos diretos e milhões de empregos indiretos. Como representante do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) no Brasil, o CEBDS trabalha como interlocutor do setor empresarial de vanguarda junto ao governo e à sociedade civil com o objetivo de construir um novo modelo de desenvolvimento no país.

(Coordenação de Comunicação CEBDS, 03/12/2007)