O estado do Rio de Janeiro emite 56 milhões de toneladas de gás carbônico por ano. O número faz parte de um estudo inédito realizado pela secretaria estadual do Ambiente e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A pesquisa apontou que a indústria é responsável por 21% das emissões de gases, seguidos pelas indústrias geradoras de energia, com 22%, e o transporte rodoviário, com 16% das emissões de gás carbônico.
Esse gás potencializa o efeito estufa, processo global de aumento da temperatura. Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, esse estudo vai servir como base para dar continuidade às políticas do governo no combate à poluição.
“Esse foi um estudo que vai servir como referência. Atualmente já fazemos captação do gás metano, encontrado no lixo, que depois é transformado em biogás. Além disso, o Rio possui um projeto pioneiro no setor de transporte, o B5. Hoje já existem ônibus circulando com combustível diesel associado a 5% de biodisel. Até 2012, a meta é chegar a 20%”, afirmou o secretário.
Minc também explicou que além desses projetos, as novas construções públicas, como escolas e hospitais, já são obrigadas a possuir sistemas de captação de energia solar e reaproveitamento da água da chuva. O próximo passo é a aprovação de uma lei que possa abranger os novos edifícios privados.
Para a redução da poluição do setor energético, que abastece a indústria, o secretário lembrou da importância de investir em novas tecnologias e na compensação com o uso de energia limpa, como a eólica e de biomassa. Segundo Minc, esses dados serão apresentados no próximo dia 8 em uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) que avalia a mudança climática.
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Estado de Minas, 03/12/2007)