Foi apresentado nesta segunda-feira (03/12), na reunião da Comissão Especial que avalia o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA) de Porto Alegre, relatório parcial feito pela Sub-Relatoria I – Desenvolvimento Urbano: Estratégias e Modelo Espacial. O texto, contudo, somente deverá ser votado na próxima segunda-feira(10/12), quando as discussões serão aprofundadas com a presença de dois especialistas da área.
O arquiteto Cláudio Ferraro, assessor do sub-relator I, vereador João Dib (PP), observou que há muitas questões a serem esclarecidas, principalmente no que se refere às áreas de preservação cultural e em relação às áreas de interesse cultural. "Primeiramente é necessário fazer uma distinção e definir os prédios a serem tombados e as áreas de preservação, que contenham prédios históricos".
Ferraro ressaltou ainda não estarem claros os deveres e os benefícios dos proprietários desses imóveis. Em reação à zona rural, afirmou que é necessário fazer um levantamento de campo detalhado. "O atual plano mostra, cada vez mais, que estava incompleto", salientou. Em relação à altura dos prédios, o arquiteto disse que a cidade comporta edifícios altos, mas é necessário definir a localização e a topografia.
O vereador Luiz Braz (PSDB) disse defender um novo traçado para a área rural de Porto Alegre e Guilherme Barbosa (PT) lembrou que a maior produção primária da cidade não é oriunda dessa região: "A Vila Nova, que apresenta a maior produção, nunca foi considerada zona rural". Ervino Besson (PDT) defendeu a demarcação das áreas produtivas e citou o exemplo de produtor de hortaliças que teve de abandonar a atividade devido a ocupação intensiva dessa área. Bernardino Vendruscolo (PMDB) solicitou informações sobre os condomínios e os loteamentos em zona rural. Ferraro esclareceu que a lei atual permite a construção desses empreendimentos, embora a área rural não devesse ter ocupação urbana.
(Por Vítor Bley de Moraes, Ascom CMPA, 03/12/2007)