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zoneamento silvicultura cana-de-açúcar etanol
2007-12-03
O zoneamento ecológico da cana-de-açúcar, preparado pelo governo federal, deve ficar pronto em julho de 2008.  O trabalho, uma parceria dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, da Conab e Embrapa, vai identificar as áreas onde o plantio da cultura não afeta o meio ambiente, como matas ciliares e a região do cerrado.  Parte do zoneamento já foi feita pelo Ministério do Meio Ambiente, Conab e alguns Estados, mas vários dados precisam ser consultados com municípios.

"Queremos mostrar para o mundo que vamos fazer o desenvolvimento da cana-de-açúcar sob critérios sustentáveis.  Não é porque os outros países estão pedindo, é um interesse brasileiro", disse o secretário de Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, que participou ontem de uma reunião com os secretários estaduais de Agricultura do país.

Sobre o plantio da cana na Amazônia, Bertone disse que não é necessário proibi-lo sob o simples argumento de que a atividade não é viável economicamente na região.  "A lucratividade da cana na Amazônia é baixa.  A cana exige período seco e período frio e lá não é o lugar mais adequado.  A Amazônia não é problema, ninguém vai plantar cana lá.  Tecnicamente, em grande parte da Amazônia, não se plantaria cana", afirmou Bertone, para quem a questão da proibição do plantio na Amazônia está na esfera estritamente política.

"O trabalho que vamos fazer é técnico, em parceria com os Estados, para mostrar onde podemos e devemos plantar e onde não é recomendável plantar.  Do ponto de vista político, quem resolve é o governo e o Congresso", afirmou.

Ele disse não ser um bom negócio levar uma usina para a área porque não existe mercado consumidor e a produtividade da cana é 15% inferior à das demais regiões brasileiras, pois o nível de sacarose é mais baixo devido ao clima.  Para Bertone, o crescimento da cultura da cana pode se dar por meio do uso de terras de pastagens degradadas.  A estimativa é de que o país tenha hoje cerca de 90 milhões de hectares de pastagens degradadas, enquanto a cana plantada ocupa 7 milhões de hectares.  Somente no Centro-Oeste, há mais de 20 milhões de hectares degradados.  "O governo pode induzir o crescimento do plantio nessas áreas".

O secretário disse que o zoneamento servirá para orientar políticas públicas, como o financiamento para aumentar a produção em determinadas áreas.  "É interesse do setor de açúcar e álcool crescer com sustentabilidade.  Caso contrário, ele não vai acessar mercados", completou.

(Por Ana Paula Grabois, Valor Econômico, 30/11/2007)


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