Está sobrando desrespeito às leis ambientais do Estado. Na manhã de sexta-feira (30), 115 quilos de camarão-sete-barbas foram apreendidos na Enseada do Suá, em Vitória. Na parte da tarde, mais cinco barcos foram apreendidos em Nova Almeida, com 14 quilos do camarão. A pesca e comercialização do sete-barbas estão proibidas até 31 de dezembro.
Durante o defeso, que garante a reprodução da espécie, os pescadores recebem um seguro-desemprego, mas segundo ambientalistas, muitos continuam com a pesca.
O coordenador da Operação Lagosta Legal no Espírito Santo, José Ronaldo Pinheiro Costa, informou que os 115 kg de camarão-sete-barbas foram apreendidos dentro da Colônia de Pesca Z-5, na Enseada do Suá. A apreensão foi feita após denúncia de que no local era vendido camarão fresco da espécie em defeso.
Logo após a constatação em Vitória, uma nova denúncia levou os fiscais até Nova Almeida, onde mais 14 quilos de camarão-sete-barbas foram apreendidos. José Ronaldo afirmou que a apreensão só não foi maior, porque a pesca ainda estava começando.
No local, foram apreendidas cinco embarcações. Duas com 7 quilos do camarão cada, e as restantes com apetrecho proibido chamado de “balão” – tipo de rede de arrasto. A multa é de R$ 700,00, por barco.
Nesta quinta-feira (29), o Ibama já havia apreendido quatro toneladas de camarão rosa pescado com apetrecho ilegal na Praia do Suá, e 45 quilos de lagosta. O pescado foi encontrado em um barco de Santa Catarina (RS) e os pescadores utilizavam redes de arrasto sem o sistema que permite o escape das tartarugas.
O barco foi interceptado no píer da Praia do Suá, após uma denúncia anônima, feita quando os fiscais do órgão estavam na região, realizando a Operação Lagosta Legal.
A fiscalização do Ibama prossegue até o final do defeso, em todo o litoral capixaba. O objetivo é impedir a captura e desembarque ilegal de lagostas das espécies verde e vermelha. Também são alvos da fiscalização outras fases da cadeia produtiva como a comercialização e a exportação dos crustáceos.
(Por Flávia Bernardes,
Século Diário, 03/12/2007)