A Índia fixará sua promessa de manter a taxa de emissão de dióxido de carbono por pessoa mais baixa que dos países mais ricos do mundo na 13ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, na ilha de Bali, na Indonésia. Esse será um compromisso fácil de ser sustentado, levando em consideração que a média americana de emissão de carbono é 20 vezes maior que a média indiana, em grande parte porque mais de 600 milhões de indianos ainda vivem sem energia elétrica.
A ausência de metas de corte de emissão de CO2 para países em desenvolvimento, como Índia e China, foi por um bom tempo motivo para os Estados Unidos ficar de fora do Protocolo de Kyoto, tratado que une 36 nações ricas que buscam o corte de emissão de gases causadores do efeito estufa.
A Índia espera negociar sua posição no encontro que começa hoje em Bali, com 190 nações. O país busca um novo acordo que sucederá o Protocolo de Kyoto. A Índia será forçada a gastar cerca de 2% do seu PIB - ou 12% do seu orçamento anual - em negociações sobre os efeitos da mudança climática.
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Jornal do Brasil, 03/12/3007)