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biocombustíveis
2007-11-30

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) e a Subcomissão Permanente de Biocombustíveis, subordinada à Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) receberam, em reunião conjunta nesta quinta-feira (29/11), deputados e senadores do Congresso norte-americano. O objetivo da visita ao Brasil é conhecer de perto a experiência brasileira em biocombustíveis, especialmente a produção de biodiesel e etanol. Para isso, a delegação irá visitar, até o dia 1º de dezembro, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Manaus e Foz do Iguaçu.

O presidente da Subcomissão para o Hemisfério Ocidental da Comissão de Relações Internacionais da Câmara dos Estados Unidos, deputado democrata Eliot L. Engel, lembrou o acordo na área de energia firmado recentemente entre os dois países e desejou que seja bem-sucedido.

- Os Estados Unidos estão ansiosos para aprender com o Brasil. O Brasil tem feito grandes esforços para se tornar independente energeticamente e os Estados Unidos estão bem atrás nesse sentido. Nós estamos ansiosos para saber como se chegou à decisão política para obter a independência energética, quais são os problemas e as necessidades futuras do Brasil em termos energéticos - assinalou Engel, ao final da reunião.

O presidente da CRA, senador Neuto de Conto (PMDB-SC) esclareceu aos deputados norte-americanos que o Brasil triplicou a produção de etanol recentemente sem provocar desmatamento e sem diminuir a produção de carne bovina, suína e de frango, das quais está entre os maiores produtores do mundo.

- Ampliando de 10% a 15% a produção [de etanol] temos condições de abastecer 10% do consumo de energia do mundo - disse Neuto de Conto, ao afirmar que o Brasil tem hoje 20 milhões de hectares de terras que são aproveitadas simultaneamente para criação de bovinos e produção de cana-de-açúcar.

Neuto de Conto salientou que o Brasil utiliza atualmente 6 milhões de hectares de terra para produção de etanol, divididos da seguinte forma: 3 milhões para o plantio de cana-de-açúcar e 3 milhões para produção de álcool. De acordo com o senador, os 90 milhões de hectares atualmente utilizados para pastagem poderão ser aproveitados para o plantio de cana com a criação do gado sob sistema de confinamento.

O vice-presidente da Subcomissão Permanente de Biocombustíveis, senador Sibá Machado (PT-AC), explicou que não há perspectivas de expansão da produção na Amazônia, onde atualmente estão instaladas cinco usinas de produção de etanol para consumo interno, devido aos fatores climáticos e logísticos desfavoráveis.

O presidente da CRE, Heráclito Fortes (DEM-PI) ressaltou que não há qualquer perigo de desmatamento da Amazônia.

- Não há cultura de desmatamento no Brasil. Há uma consciência grande de preservação da floresta. As derrubadas são feitas de maneira criminosa - disse o parlamentar.

Em entrevista à imprensa, no final da reunião, o deputado americano Eliot Engel manifestou-se pessoalmente favoravelmente à diminuição da taxação do etanol brasileiro no mercado americano, dizendo as negociações deveriam ser encaminhadas na direção da eliminação da tarifa do etanol. Ponderou, porém, que há obstáculos a serem removidos no sentido do livre comércio.

Heráclito Fortes disse ter mantido conversa recente com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, informando que o ministro está mais otimista quanto a avanços nas negociações com os Estados Unidos na área de livre comércio. Uma nova reunião ministerial na rodada agrícola de Doha da Organização Mundial do Comércio está prevista para fevereiro.

- Ele se mostrou mais animado e disse haver razões concretas para isso. Não sei se para a próxima rodada - disse Heráclito, acrescentando que, na avaliação do ministro, as negociações estariam mais maduras e mais próximas de um acordo do que estiveram em outros momentos.

(Por Cristina Vidigal, Agência Senado, 29/11/2007)


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