O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) intensificou as ações junto aos produtores do sistema de cultivo pré-germinado. Apesar de representar apenas 10% da área cultivada no Estado, o sistema pode causar danos ambientais se não houver manejo adequado da lavoura. A meta é conscientizar os arrozeiros de que a manutenção da lâmina de água não interfere no rendimento da área. Hoje, o Irga prossegue as visitas técnicas, em Santo Antônio da Patrulha e Caraá.
No pré-germinado, a água é utilizada para as operações de preparo de solo e a semeadura é realizada na lâmina de água. A recomendação antiga era a retirada da lâmina, com drenagem inicial da lavoura, para haver maior sustentação das plantas e a redução do acamamento, popularmente conhecido como “arroz deitado”. No entanto, pesquisas recentes realizadas pelo Irga e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), indicam que não há necessidade de drenagem e os resultados evidenciam que a permanência contínua da lâmina de água não reduz o rendimento de grãos e nem aumenta o acamamento de plantas.
Essa nova prática reduz os riscos ambientais, além de diminuir o volume de água utilizado na lavoura. As visitas técnicas expõem aos arrozeiros a necessidade da lâmina permanente para não agredir a natureza. Os eventos de hoje têm o apoio da Emater e Grupo Pré-germinado e ocorrem às 9h, na propriedade de Geisel Dal Pont, em Santo Antônio da Patrulha, e às 14h na área de José Haroldo Cadorin, em Caraá.
(Diário Popular, 30/11/2007)