Engenheiro industrial Diego Rafael Bayer é responsável pelo projeto
Demorou seis anos, mas o engenheiro industrial Diego Rafael Bayer, 29 anos, viu seu trabalho cair nas graças de prefeituras e empresas. A tábua ecológica, fabricada com resíduos de uma indústria de sacolas plásticas de Dois Irmãos, no Vale do Sinos, encontra a cada dia novos interessados.
Além de fazer a alegria de Bayer, quem também agradece é a natureza. A tábua plástica pode substituir a madeira e tem como mérito o fato de ser feita com o mesmo material plástico de sacolas de supermercado que, depois de cumprir sua função de ajudar a carregar as compras, contribuem para a poluição.
Quando estudante do curso de Engenharia Industrial Química - ênfase em Gerenciamento Ambiental, do Centro Universitário Feevale, em Novo Hamburgo - Bayer desenvolveu uma pesquisa para resolver o problema de uma indústria de sacolas plásticas. Todos os meses, se acumulavam cerca de 50 toneladas de resíduos, entre sacolas com defeito e restos de moldes.
Bayer criou um conjunto de equipamentos para transformar os restos de plástico em uma tábua com dois metros de comprimento, quatro centímetros de espessura, 13 centímetros de largura e peso total de 13 quilos. As dimensões podem ser modificadas, conforme o molde utilizado.
– As possibilidades são muitas: bancos, cercas, floreiras, apoios para os pés e até decks – diz o engenheiro industrial, coordenador da Oficina Tecnológica da Feevale.
Além de firmar parcerias com prefeituras e, num futuro próximo, criar uma ONG, Bayer empenha-se em transformar cartões telefônicos e bancários em tábuas e telhas para casas populares.
(Zero Hora, 30/11/2007)