A portuguesa Galp e a Petrobras vão investir no setor de biocombustíveis, além de estarem juntas na procura de novas reservas de petróleo na costa pernambucana. De acordo com o diretor da área internacional da Galp, Fernando Gomes, já foi assinado o documento de criação da Brasgalp, que será formalizada em janeiro.
Em entrevista hoje no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, ao lado do governador Eduardo Campos (PSB), ele não falou em investimentos, mas adiantou que a Brasgalp terá capital 50% da Galp e 50% da Petrobras e não vai entrar na área de alimentos como fonte de combustível. "Não vamos usar produtos alimentícios, como soja ou milho", adiantou Gomes, ao indicar a mamona e o pinhão manso como as fontes a serem pesquisadas e produzidas. Ele garantiu que o objetivo da nova Brasgalp não será o de entrar em conflito com o que já vem sendo desenvolvido na área no País. "Será um investimento complementar".
A expectativa do diretor é que a Brasgalp entre em operação em 2010 com uma produção de 900 mil toneladas de óleo. A meta é exportar o biocombustível para a Europa. De Pernambuco sairá o óleo, e o refino será realizado em Portugal.
(A Tarde,
Agência Estado, 29/11/2007)