ENTREVISTA
José Francisco Rangel, presidente da Câmara Binacional São Borja-Santo Tomé
O governo gaúcho não mandou ninguém para a reunião de ontem em Buenos Aires, sobre a mega-usina Garabi, que sairá em Garruchos, no RS. O que houve?
Para mim, alegaram falta de dinheiro, mas para ti disseram que havia impedimento legal, já que a reunião envolveria questões diplomáticas e a obra será federal.
Como foi a reunião?
Estava todo mundo oficial da Argentina. Do RS, também compareceram Fiergs e Fecomércio.
Qual a importância de Garabi?
Será uma usina binacional sobre o rio Uruguai. Os investimentos irão a US$ 3 bi. Ela será a maior usina do RS, produzindo 950 MW. Em seguida a ela, sairão as mega-usinas de Roncador e Santa Maria. Uma quarta, São Pedro, perto de Uruguaiana, sairá bem depois. No total, serão quase 4 mil MW, mais do que o total do que o RS produz e quase a totalidade do que consome hoje.
Qual o cronograma?
Em 30 meses, Ibiza, do lado argentino, e Eletrobrás, do lado brasileiro, lançarão o edital para iniciar a construção. Os argentinos vivem uma crise energética sem precedentes e precisa dessa energia. Do nosso lado, levaremos mais desenvolvimento para a Metade Sul.
O que você espera do governo gaúcho?
Mais presença e mais ação de apoio, porque o RS será enormemente auxiliado.
(Políbio Braga, 28/11/2007)