“A madeira de eucalipto, conhecida principalmente na produção de celulose, propicia usos múltiplos e mais nobres”, disse o assessor técnico da Secretaria da Irrigação e Usos Múltiplos da Água, Rafael Ferreira, durante palestra realizada em Bagé, nessa terça-feira (27/11).
O evento foi promovido pelo Grupo de Estudos em Sistemas Agrossilvipastoris, no Teatro de Belas Artes da Universidade da Região da Campanha (Urcamp). Também foi palestrante o assessor técnico da Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Doádi Antônio Brena.
Ferreira explicou que na movelaria, na laminação ou em chapas de madeira, o eucalipto tem aplicação no aproveitamento de produtos e geração de bens e serviços que beneficiem comunidades locais. “Este tipo de conscientização florestal é o que está sendo propagado pelo setor, entre produtores e silvicultores na pequena e média propriedade, para um plantio que gere renda adicional através de uma madeira nobre advinda do eucalipto”, afirmou. “Essa nobreza deve trazer lucros adicionais de rentabilidade”, completou.
O Grupo de Estudos em Sistemas Agrossilvipastoris, formado por técnicos, pesquisadores e representantes da Emater/RS-Ascar, Embrapa Pecuária Sul, Associação e Sindicato Rural, Associação Bageense de Engenheiros Agrônomos, CREA, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Universidade da Região da Campanha, Cooplantio e Associação Comercial e Industrial do município, promoveu a palestra com o objetivo de debater o uso múltiplo da madeira de eucalipto como estratégia de empresas, governo e sociedade para a ampliação das possibilidades de negócios, de geração de empregos e de arrecadação de impostos.
“Evidentemente, quando se diversifica o uso do eucalipto, novas matérias-primas e produtos são disponibilizados para o atendimento de várias demandas do consumidor”, diz o gerente regional da Emater/RS-Ascar, Mário Antônio Costa da Silveira.
Para o Doádi Brena, é necessário que a base florestal seja implantada já com a definição de qual madeira vai produzir e qual produto será tirado dela, nem sempre a matéria-prima de que se dispõe serve para determinar o que se deseja produzir. “Por exemplo, a indústria moveleira é extremamente exigente em termos de qualidade da matéria-prima para seus produtos, porém nem toda a madeira serve para essa indústria”, explica.
Brena diz que o planejamento prévio para produzir e planejar as florestas, sabendo sobre sua destinação futura, é essencial. “Isso implica na escolha das espécies, no tipo de manejo que tem que ser dado à floresta e tratos silviculturais necessários.
Na palestra, Doádi Brena ressaltou a importância do programa apoiado pelo Governo do Estado, proposto pelo setor produtivo de base florestal representado pelo Comitê da Indústria de Base Florestal e Moveleira da Fiergs (Ageflor, Movergs, Sinpasul, Sindimadeira, Sindmóveis e Sindmobil).
“O programa é destinado a desenvolver a cadeia produtiva de base florestal e de maneira sustentável para os arranjos produtivos de base florestal do Rio Grande do Sul”, disse.
(Ascom Governo do Estado do RS, 28/11/2007)