A vinda de novos investimentos ao Município resultou num impacto não-planejado pelas autoridades locais: o crescimento acelerado de novas construções, movimentando, principalmente, o setor da construção civil.
A falta de materiais simples como cimento e tijolo e de mão-de-obra especializada, segundo o superintendente regional da Corsan, Eduardo Guimarães, são alguns dos motivos que impedem a conclusão da obra na Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Navegantes, no bairro Parque Marinha. "Ainda estamos dentro do prazo previsto pelo cronograma de obras. Mas a falta de material e mão-de-obra qualificada está nos preocupando", argumenta ele, lamentando a falta de pessoal para cravar estacas.
Outro motivo apontado pelo superintendente - que também dificulta o prosseguimento do projeto, que transformará o processo de tratamento da água de anaeróbico para aeróbico - é a falta de uma construtora na cidade que faça a fundação para uma das etapas da obra. "Precisei entrar em contato com duas empresas de Pelotas que, atualmente, estão prestando serviços a obras na Barra, em Rio Grande. Porém, conseguimos que uma delas trabalhe para nós, a partir da próxima semana", fala Guimarães. A previsão é que as estacas para a construção do muro de concreto na ETE Navegantes inicie nos próximos dias.
Com a obra, o sistema de purificação que atualmente funciona de forma anaeróbica, ou seja, de modo natural, passará a funcionar de maneira aeróbica, com auxílio da energia elétrica. Segundo a Corsan, o novo sistema eliminará o mau cheiro produzido pela estação de tratamento, antiga reivindicação dos moradores do Parque Marinha. O valor do investimento é de R$ 1,2 milhão.
(Por Mônica Caldeira, Jornal Agora, 29/11/2007)